Trabalho remoto, variações cambiais, limitações logísticas, novas necessidades dos clientes. O atual cenário econômico, agravado pela crise na saúde, tem representado um desafio histórico para as empresas. Se destacar em um mercado tão competitivo é uma prova e tanto para as empresas — mas algumas conseguem se destacar apesar dos percalços.
Para uma empresa como a Manuchar, de origem belga e que atua no Brasil há 27 anos, há mais um fato a ser adicionado a esse complexo momento. Posicionada como parte estratégica na cadeia de fornecimento e especializada em distribuição, logística e trading de produtos químicos, a companhia atende a uma dezena de setores:
• Matérias-primas para higiene e limpeza;
• Indústria têxtil e de curtume;
• Matérias-primas para a indústria do vidro;
• Indústria de tratamento de água;
• Matérias-primas para a fabricação de papel e celulose;
• Setor siderúrgico e de óleo e gás com fornecimento de produtos químicos e reagentes de mineração;
• Divisão agrícola com o fornecimento de fertilizantes e defensivos agrícolas;
• Ingredientes e aditivos para panificação, confeitaria, processamento de carnes e fabricação de bebidas;
• Produtos químicos para revestimentos e indústria da construção;
• Cuidados pessoais e cosméticos.
Garantir o abastecimento de setores tão distintos é uma operação complexa. Mas, mesmo com a pandemia, a subsidiária brasileira — uma das três maiores operações de toda a companhia — segue azeitada e em expansão, conta Renata Agualuza, CEO da Manuchar Brasil.
Como trabalha com setores básicos, explica a CEO, não houve uma queda expressiva na demanda por produtos químicos. Alguns segmentos ficaram mais expostos à crise desencadeada pela pandemia do novo coronavírus, como o têxtil. Mas a expansão de outras áreas, como a de produtos de limpeza e papel e celulose, que se beneficiou das exportações, compensaram.
Foi preciso agilidade e criatividade para transmitir segurança aos clientes em um período tão atípico. A equipe comercial reforçou a mensagem de que não haveria risco de desabastecimento graças ao estoque armazenado no Brasil. A situação se estabilizou tão rapidamente que Renata decidiu expandir os negócios. Desde abril o número de pedidos tem aumentado e neste ano a Manuchar deve chegar bem próximo ao crescimento previsto antes de a pandemia começar.
Para atender a esse aumento de demanda, a empresa passou a ter mais um centro de distribuição terceirizado em Salvador, que se somou ao novo CD de Santa Catarina, inaugurado em 2019, Rio de Janeiro, São Paulo e outros três em Pernambuco, além da sede, na capital fluminense, e outros seis escritórios comerciais.
Boa parte dessa reação mesmo em um momento tão sui generis vem do fato de a Manuchar ter uma política interna de valorização dos colaboradores.
— A chave desse resultado mesmo em um ano como o de 2020 foi não ter feito um trabalho do dia para a noite. Pensamos sempre em como ir além da missão que está na cabeça das pessoas. Por isso, nossa postura como empresa é ser excelente não apenas para os acionistas ou os clientes externos, com bons resultados e qualidade no serviço e no produto que oferecemos, mas também para o cliente interno — afirma a CEO da Manuchar Brasil.
Em 2020, a Manuchar despontou pelo segundo ano consecutivo entre as melhores empresas para se trabalhar no Rio de Janeiro, de acordo com o Great Place to Work (GPTW). A certificação confirma que a multinacional belga não apenas se aplica em oferecer produtos e serviços de excelência, mas também na valorização dos profissionais. Em 2019, primeiro ano em que participou do prêmio, além da 10º posição no ranking fluminense, a multinacional ficou ainda entre as 150 melhores na categoria nacional.
Com a chegada da pandemia, essa proximidade com os funcionários se acentuou. A empresa investiu em políticas para manter as pessoas próximas, com a melhora dos canais de comunicação, mesmo com o trabalho remoto.
— Procuramos também apoiar as lideranças para que trabalhem o autoconhecimento e deem mais feedback às equipes. Não perseguimos certificações, mas queremos ter um ambiente onde os funcionários se sintam ouvidos e cuidados— argumenta Renata.
Segundo a CEO da Manuchar, a empresa tem conseguido um grande engajamento de seus colaboradores graças a essa política de valorização.
— Eles são tratados não como números, mas como pessoas únicas. O resultado é que eles se sentem parte importante do processo e responsáveis pelo sucesso da Manuchar.