O plástico stretch, também chamado de filme stretch, é amplamente utilizado para embalar e proteger produtos durante o transporte e armazenamento. O material é predominantemente feito de polietilenos (PE), como o polietileno linear de baixa densidade (PEBDL). Isso porque ele é flexível, ideal para oferecer elasticidade, aderência e resistência à rasgos e trações.
No entanto, seu descarte incorreto em lixões e aterros sanitários pode causar enormes impactos ambientais. Isso porque, quando expostos à luz do Sol, o polietileno passa por um processo de oxidação. O calor do Sol e a radiação ultravioleta fragmentam algumas das estruturas do plástico, liberando aditivos, microplásticos e gases do efeito estufa.
Famoso mundialmente, o plástico stretch protege os produtos do pó, umidade e danos durante o transporte. Além disso, proporciona um método confiável e de baixo custo para embalar produtos. Sua difusão deve-se às suas características vantajosas, como:
- transparência;
- facilidade de rotulagem;
- alta barreira a oxigênio, água e poeira;
- baixo custo;
- portabilidade.
Além dessas características, é possível incorporar outras propriedades para melhorar a proteção dos produtos, como proteção contra os raios UV.
Por ser feito de polietileno, a reciclagem do plástico stretch é possível e viável economicamente. No geral, o processo é majoritariamente feito pela reciclagem mecânica e consiste, basicamente, em três processos:
- Coleta e separação: é a separação dos resíduos de acordo com o seu material;
- Revalorização: é a fase na qual o material já separado passa por um processo que faz com que ele volte a ser matéria-prima;
- Transformação: fase em que o material transformado em matéria-prima gera um novo produto.
Quando o material é coletado e separado, ele passa por várias etapas. Dentre elas, estão a trituração, a lavagem e o reprocessamento do resíduo.
Com o avanço da ciência e da tecnologia, os plásticos têm gradualmente substituído materiais tradicionais como a madeira, o metal e o vidro numa variedade de aplicações. Isso devido aos seus baixos custos de fabricação, durabilidade e maior resistência em relação aos demais materiais.
No entanto, a maior parte dos plásticos descartados não são reciclados por causa de seu descarte incorreto. Além disso, o custo mínimo de produção do plástico é muito mais baixo do que o custo de reciclagem. Isso levou a uma grande acumulação de resíduos plásticos no meio ambiente, causando diversos impactos ambientais.
O lixo plástico resiste à decomposição natural. Isso significa que a sua eliminação representa um aumento dos resíduos sólidos. Assim, caso descartado incorretamente, ele pode ser liberado na natureza e causar danos irreversíveis. Quando chega ao oceano, ele pode ter efeitos tóxicos na vida marinha, causando asfixia e o desenvolvimento de doenças na fauna aquática.
A incineração do plástico também causa poluição do ar. Isso porque ele é composto por fontes fósseis, como gás natural e petróleo. Por outro lado, a saúde humana também é afetada. Microplásticos e substâncias tóxicas podem eventualmente ser transferidos para o corpo humano por meio da cadeia alimentar, causando diversas doenças.
A boa notícia é que com o descarte correto, o plástico stretch pode ser 100% reciclado. Para isso, é necessário o engajamento do consumidor, instituições e governos para praticar a coleta seletiva. Mas, se possível, tente reutilizar antes de mandar seu resíduo para reciclagem. Isso porque a reciclagem também é responsável por alguns níveis de poluição e consumo de energia.
O plástico representa a cor vermelha entre as cores da coleta seletiva. Antes de separar e fazer a destinação correta, lave o plástico stretch com água de reúso para que não sobrem restos dos produtos.
Pontos de coleta seletiva são uma alternativa à coleta feita na porta de casa. Os postos de coleta seletiva, que podem ser mantidos por prefeituras ou iniciativa privada, são áreas instaladas em local adequado para o recebimento de descartes.
fonte: Ecycle